O processo de introduzir ferramentas digitais na educação ainda está em curso. As instituições de ensino implementam plataformas digitais para gerir aspectos da rotina de ensino e permitir EAD (Ensino à Distância) e/ou ensino híbrido. Entretanto, o sucesso do uso desses aparatos depende muito da adaptação de educadores e alunos.

Se adequar à Transformação Digital e compreender as novas tecnologias que estão sendo inseridas na educação ainda é um desafio para muitos educadores. A seguir, entenda quais são os motivos para essas barreiras e quais são os novos obstáculos a serem transpostos para o bom andamento do ensino com uso de ferramentas digitais. Confira também algumas dicas para se adequar e implementá-las no processo de ensino.

A relação dos professores com a tecnologia

A Transformação Digital já deixou de ser uma tendência e se tornou parte integrante e essencial da atualidade. O cotidiano de alunos e educadores é todo influenciado pelo uso de dispositivos tecnológicos e ferramentas digitais. Porém, existe uma questão que faz com que esses dois componentes se relacionem de maneiras diferentes com a tecnologia: enquanto os alunos já nasceram inseridos na tecnologia, os educadores não. Eles precisaram se adaptar a ela já na fase adulta, depois de já terem seus processos bem estabelecidos. Por isso, sua relação com os aparatos tecnológicos pode ter maior resistência.

Alterar os processos que envolvem o ensino e aprendizagem, adaptando-os à tecnologia, é desafiador. Mudanças, por si só, tiram qualquer profissional de sua zona de conforto. No caso de mudanças que incluam o uso dispositivos e ferramentas digitais, há ainda diversas habilidades a serem desenvolvidas e conhecimentos a serem adquiridos.

A permanência da Transformação Digital

A Transformação Digital veio para ficar. Prova disso é que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento do MEC (Ministério da Educação) que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica, incluiu as tecnologias digitais de informação e comunicação dentre as diretrizes.

Outro forte indício dessa permanência é o cenário que pôde ser observado após o início dos impactos da pandemia de Novo Coronavírus no Brasil, em março de 2021. Com esse advento, veio a necessidade de distanciamento social e foi necessário acelerar o processo de implementação de EAD. Porém, em muitas instituições de ensino, esse processo estava apenas começando. Diante disso, profissionais em diversas frentes na área da educação precisaram encontrar formas de se readequar para operacionalizar e permitir a continuidade do processo de ensino.

Nesse aspecto, a familiaridade dos jovens com as ferramentas digitais foi essencial para tornar a mudança de formato um pouco menos penosa. O grande desafio, no caso dos alunos, foi construir a autonomia necessária para assistir às aulas e estudar em casa.

Uma ano após os primeiros impactos da pandemia no Brasil, em algumas regiões do país as escolas tiveram aval para reabrir e ter aulas presenciais. Entretanto, o formato das aulas dá indícios de que não deve voltar a ser o mesmo. A volta às aulas ocorreu com ensino híbrido, mesclando aulas presenciais com aulas remotas, e fazendo rodízio de alunos.

Os benefícios e desafios da tecnologia para o processo de ensino

Na teoria, o ensino híbrido ou à distância com o uso de tecnologias e recursos digitais pode oferecer muitos benefícios ao processo de ensino e aprendizagem. As aulas em videoconferência podem ser um ambiente de inovação, criatividade e promoção de formas mais atualizadas de transmissão do conhecimento.

Ao conhecer bem as ferramentas disponíveis, o educador tem a chance de incrementar sua aula. Até mesmo as atividades propostas dentro e fora da sala de aula podem incluir o uso de ferramentas digitais. Existem muitas ferramentas disponíveis e explorá-las ajuda, inclusive, a formar jovens com mais autonomia e capacidade para desenvolver trabalhos autorais no futuro.

Entretanto, é indispensável refletir que, na prática, o uso de ferramentas digitais na educação ainda apresenta uma série de barreiras. A depender da instituição, a falta de infraestrutura, conectividade e treinamento dos docentes prejudicam bastante a implementação e o sucesso de novos processos mais baseados em tecnologia.

Algumas dicas para incluir ferramentas digitais na educação

Conheça as ferramentas digitais e suas funcionalidades

Se você é um educador que precisou se adequar à tecnologia já na fase adulta, a principal dica é mergulhar no aprendizado sobre quais softwares existem hoje e quais são as suas principais funcionalidades. Crie um perfil nas principais redes sociais utilizadas por seus alunos, faça sua conta nas principais ferramentas de armazenamento e gestão e aprenda a usá-las ao seu favor.

Inclua as ferramentas em seus processos

As ferramentas de armazenamento com funções colaborativas também são ótimas para se ter no currículo e na rotina escolar. As ferramentas do Google Docs disponíveis no Google Drive, por exemplo, permitem criar apresentações e atividades nos mais diversos formatos (planilhas, formulários, documentos de texto), e alguns deles podem ser editados ao mesmo tempo por mais de uma pessoa.

Inclua as ferramentas na rotina de ensino

Ao pensar em tarefas e trabalhos, abra espaço para que os alunos utilizem as ferramentas com as quais já estão acostumados. Muitas redes sociais são um prato cheio de referências:

Esteja presente e ativo nas redes sociais

Muitos profissionais hoje têm utilizado o espaço das mídias sociais para se promover. Com educadores não é diferente. Professores têm produzido cada vez mais conteúdo e compartilhado em seu perfil. É uma forma de aprender a utilizar os recursos de cada aplicativo na prática e aprimorar as habilidades e conhecimento sobre eles.

Você acaba de conferir informações e dicas valiosas para melhorar sua relação com o uso das ferramentas digitais na educação. Alguns dos softwares mais utilizados foram apontados nesse artigo, mas também é produtivo pensar fora da caixa e conhecer outras formas de impactar positivamente a aprendizagem dos estudantes.

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